sábado, 12 de novembro de 2011

Windows 8: 52% dos profissionais TI pretendem utilizar a plataforma

A era pós-PC será seguida de um período intermediário marcado pela melancolia, incerteza quanto aos compromissos e tendência em buscar novos objetos. Estamos vivendo essa era intermediária. Já possuímos vários dispositivos; sistemas operacionais como o iOS 5, OSX Lion, Windows 8, ChromeOS e o dormente webOS estão redefinindo nossas experiências com computação. E a noção do que é um aplicativo e como ele se apresenta para o usuário evolui a passos rápidos.
Aqui está um dado chocante: em uma pesquisa com 973 profissionais de TI, a InformationWeek Research descobriu que 52% planejam migrar para o sistema operacional da Microsoft. O SO não estará disponível até – e isso é apenas uma suposição – algum ponto de 2012. Há razões óbvias para os planos de TI: a empresa acabou com o suporte para o Windows XP e apesar do sucesso do Windows 7, muitos departamentos o ignoraram completamente ou ainda estão no processo de implantá-lo em novos computadores.
O Windows 8 possui uma experiência de usuário nova e dinâmica, entre outros benefícios (como suporte incorporado para a virtualização de desktop). Ele ainda pega emprestado dos smartphones e tablets funções com interface de toque e tiles que selecionam contatos, redes sociais, mensagens, etc. Esses tiles também fornecem suprimento constante a respeito desses dados. Nem tudo do mundo móvel se traduz no computador pessoal, mas algumas coisas, sim. Enquanto os usuários vão do PC, para o tablet e para o smartphone, e depois de volta para o PC, a experiência adquirida precisa ser parecida.
A noção dos live tiles é variante, por exemplo, da ideia dos widgets, que são um diferenciador essencial para o Android. Os widgets não são apenas atalhos para os apps, mas sim um suprimento de dados. Cotações de ações, placares esportivos ou atualizações de clima, com e-mail, lembretes e calendário. Na área corporativa, tanto para PCs quanto para tablets, isso pode significar um widget de planilha de inteligência de negócios, mostrando as vendas e as atualizações, ou outros indicadores de desempenho (KPIs). “Tile” e “widget” são apenas apelidos, mas por ora eles servirão.
Mesmo a noção do aplicativo está mudando. É agora um “app”, algo contendo uma experiência de usuário própria dedicada a uma função particular, não um conjunto rígido de aplicativo de software que executa grandes negócios. Essas grandes aplicativos já estão indo em direção à nuvem, onde são executados ‘as a service’, alimentando os dados em um navegador ou em um app. Recentemente, John Dvorak da PC Magazine proclamou que “afinal de contas, é um mundo app”, uma conscientização de que, graças à Apple, é assim que os usuários finais passaram a pensar.
Isso abriu caminho para as apps stores, não somente para os smartphones, mas também para os navegadores (como o Chrome) e até mesmo sistemas operacionais (Lion da Apple). Alguns provedores inteligentes de App Store estão estendendo esses apps para empresas: catálogos de marca privada e desenvolvimento interno de apps, sobre os quais a área de TI pode criar políticas para garantir a segurança.
Logo, o sistema operacional não terá tanta importância – apenas uma infraestrutura para servir dados para widgets e apps. Assim que o HTML5 se tornar uma plataforma viável nos quais os aplicativos são entregues, a proclamação e Dvorak se tornará realidade.
Mas tudo isso ainda está longe. Temos que lidar com a história. O mundo ainda é dominado pelo PC.  E apesar dos novos objetos serem atraentes, com novas tecnologias vêm uma dor não planejada. Por exemplo, em nossa pesquisa, perguntamos com atrevimento, se o pessoal de TI planejava esperar o Windows 8 Service Pack antes de implementar o novo SO.
Mas há uma questão séria por trás dessa questão. Peguemos de exemplo o sistema operacional da Apple, o Lion: nossa empresa de TI (TechWeb, a empresa que possui a InformationWeek), ainda tem que endireitá-lo, mesmo em laptops novos (que já vêm como o Lion instalado), porque há  problemas de incompatibilidade com alguns aplicativos. O mais notável: o Lion não consegue trabalhar com o Microsoft Active Directory, um peça essencial de acesso de controle para muitas empresas. A Forrester recentemente instrui às empresas para usarem o Mac, argumentando que (com pesquisa para dar apoio) os funcionários que usam Macs tendem a ser mais produtivos e colaborativos.
Infelizmente, não é assim tão fácil. Tudo precisa ser testado, às vezes alguns aplicativos precisam de modificações, laptops antigos podem não ter processador suficiente, os custos da manutenção e das atualizações precisam ser pesados, etc. Mesmo àqueles que planejam migrar para o Windows 8 não tem tanto tempo disponível.
As barreiras para a adoção do Windows 8 incluem o fato de que muitos não atualizaram o sistema para o Windows 7, sem mencionar outras prioridades da TI.
É assim que as coisas funcionam com o novo.
Quase um minuto depois do lançamento do iOS 5, os sites já estavam questionando sobre os recursos que os usuários queriam na próxima versão. Com o Windows Phone 7 Mango, foi a mesma coisa, mal chegou aos telefones e já se fala no Windows Phone 7 Apollo.
O problema, como apontou tão bem Art Wittmann, é que a área de atualização de SO funciona assim: “quando que termina uma coisa, já é hora de começar outra”.

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